quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Instituto Nômades e Ishtar realizam 2º Curso de Capacitação de Doulas
sábado, 17 de dezembro de 2011
Doula: as mãos que acolhem e apoiam
Dia de 18 de dezembro de 2011, dia de Nossa Senhora do Bom Parto, será comemorado pela primeira vez o Dia da Doula no estado de São Paulo, através da Lei Estadual Nº 14.586 - Autoria da Deputada Estadual Ana Perugini.
Michelle Antunes Rocha, Ishtar Sorocaba, apoiada pela doula em conjunto com sua família. Créditos de Kelly Stein. |
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
FENEKIDS 2011
O Ishtar – Espaço para Gestantes, o Instituto Nômades e o CriaAção estarão presentes na FENEKIDS, a primeira feira da criança e da gestantes do nordeste.
Estaremos com uma programação muito especial durante toda a feira, venha conferir!
- Exposição permanente de fotos de partos normais
- Durante toda feira teremos no stand pessoas habilitadas para fornecer informações ao público a respeito de parto humanizado (parto natural, parto na água, parto domiciliar etc), lei do acompanhante, amamentação, cuidados com o bebê etc
- Além de oficinas sobre temas específicos nos horários abaixo:
24/11 (quinta –feira):
16hs – Parto natural (facilitado pelo Ishtar – Espaço para Gestantes)
20hs – Parto na água (facilitado pelo Instituto Nômades)
25/11 (sexta-feira):
11hs – Métodos de alívio à dor do parto (facilitado pelo Ishtar – Espaço para Gestantes)
13h - Parto natural (facilitado pelo Ishtar – Espaço para Gestantes)
15hs – Amamentação (facilitado por Marcelle Melo – Enfermeira obstetra e consultora em Amamentação)
17h - Recomendações da OMS para o parto seguro (facilitado pelo Instituto Nômades)
20hs – A criança e seus ritmos (facilitado por Janise Paiva - Espaço Luminaris - Fonoaudióloga, doula e professora Waldorf)
26/11 (sábado):
11hs – Shantala para bebês (facilitado por Betanha Guimarães - Psicóloga, especialista em Educação Infantil e Arte-Educação e instrutora de Shantala)
15hs – Dança para Gestantes (facilitado por Adriana Ayub – Bailarina e doula em formação)
18hs – Fraldas ecológicas (facilitado por Cristina Calheiros – produtora das fraldas de pano Fio da terra)
20hs – Slings (facilitado por Mariana Mesquita – produtora dos slings Casulinho)
27/11 (domingo):
11hs – Métodos de alívio à dor do parto (facilitado pelo Ishtar – Espaço para Gestantes)
15hs – Rituais contemporâneos de parto (facilitado por Elaine Müller – professora da UFPE, coordenadora do Projeto Narrativas do Nascer)
18hs – Recomendações da OMS para o parto seguro (facilitado pelo Instituto Nômades)
20hs – Parto na água (facilitado pelo Instituto Nômades)
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Próximo encontro: 12 de novembro de 2011
Você já ouviu falar em Plano de Parto?
O que é? Para que serve? Como se faz?
Venha descobrir!
Se para você que já teve o seu bebê o plano de parto foi importante venha dividir a sua experiência conosco!
Data: 12 de novembro de 2011
Horário: 10:00 às 13:00
Local: Mezanino da Livraria Cultura Recife, localizada no Paço Alfândega, Bairro do Recife.
Mais informações:
http://espacoishtar.blogspot.com/
espacoishtar@gmail.com
(81) 99648212 / (81) 88424300 / (81) 92694187 / 88251274
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
03/09/2011 - Encontro do Cria Ação
O Cria-Ação é fruto da parceria do Ishtar com o Instituto Nômades, voltado para a discussão de temas relacionados a maternidade, paternidade e puericultura.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Não percam os eventos da SMAM 2011
O Ishtar - Espaço para Gestantes convida para os eventos da SMAM 2011
A SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO é uma iniciativa da WABA - “World Alliance for Breastfeeding Action” (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno, com sede na Malásia) e, em 2011, será comemorada mundialmente entre os dias 01 e 07 de agosto, com o tema: “Comunique-se! AMAMENTAÇÃO: uma experiência 3D”
Você ainda pode participar !!!!
GRUPO CRIA-AÇÃO (ISHTAR – ESPAÇO PARA GESTANTES e INSTITUTO NÔMADES)
Auditório da Livraria Cultura – Paço Alfândega
Lançamento de vídeo de incentivo à amamentação.
dia 06/08/11, das 10h às 13h
MAMANDO NA JAQUEIRA - Livraria Jaqueira
Roda de conversa com Dra. Vilneide Braga Serva (Coordenadora do Banco de Leite do IMIP),
orientação e compartilhamento de experiências, além de exposição virtual de fotos de mães
amamentando.
dia 06/08/11, das 17h às 20h
Estaremos arrecadando frascos de vidro para o armazenamento do leite materno!
Confirme sua participação através dos telefones: 88424300, 99648212 ou 92694187, ou pelo e-mail espacoishtar@gmail.com.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Próximo encontro: 30 de julho de 2011
A oficina tem como objetivo fazer com que a gestante tenha uma maior consciência sobre seu corpo na gravidez, além de promover um maior contato com o bebê no seu ventre. Será facilitada por Adriana Ayub, bailarina, educadora, permacultora, biologa e mãe.
Data: 30 de julho de 2011
Horário: 10:00 às 13:00
Local: Auditório da Livraria Cultura Recife, localizada no Paço Alfândega, Bairro do Recife.
Confirme sua participação através dos telefones: 88424300, 99648212 ou 92694187, ou pelo e-mail espacoishtar@gmail.com.
Apoio:
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Próximo encontro: 23/07/2011
Olá Pessoal!
Você sabia que a presença da doula durante o trabalho de parto reduz o tempo do mesmo, diminui a necessidade do uso de analgesia, assim como de parto instrumental e cesárea e ainda gera um maior grau de satisfação materna?
O Ishtar - Espaço para Gestantes (Recife) convida para o próximo encontro do grupo, onde você saberá mais sobre as funções e os benefícios da doula!
Data: 23 de julho de 2011
Horário: 12:30 às 15:00
Local: Auditório da Livraria Cultura Recife, localizada no Paço Alfândega, Bairro do Recife.
Estamos esperando por você!
Não percam!
Confirme sua participação através dos telefones: 88424300, 99648212 ou 92694187, ou pelo e-mail espacoishtar@gmail.com.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Próximo encontro: 09 de julho de 2011
Olá Pessoal!
O nosso próximo encontro será na LIVRARIA CULTURA, no dia 09/07/2011 às 12:30hs.
O tema de nosso encontro será: "preparando o corpo para o parto", o encontro contará com a oficina de pilates para gestantes facilitada por Analu.
Estamos esperando por você!
Não percam!
*Relembrando*
Quando: 09 de julho de 2011 - sábado de 12:30h às 15h
Tema: Assistência ao Parto no Brasil
Onde: Livraria Cultura - Paço Alfândega, Bairro do Recife
Cidade: Recife - PE
Confirme sua participação através dos telefones: 88424300, 99648212 ou 92694187, ou pelo e-mail espacoishtar@gmail.com.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Dia 25.06.2011 NÃO HAVERÁ ENCONTRO
Devido ao feriadão de São João, não haverá encontro no próximo sábado, dia 25.06.2011. Retomaremos as atividades no dia 09.07.2011, na Livraria Cultura no Paço Alfândega (em breve divulgaremos os detalhes).
Aproveitamos para convidá-los às demais atividades do Projeto Gerando Cultura.
Todos os sábados teremos encontros, no horário das 12:30 às 15h, relacionados a gravidez, parto e cuidado com os filhos, promovidas pelo Ishtar e pelo Instituto Nômades.
Dentro desse projeto, no dia 02.07.2011, teremos o Lançamento do “Inventários Parteiras Tradicionais”, promovido pelo Instituto Nômades, apresentando o resultado da pesquisa sobre saberes e práticas das Parteiras Tradicionais de Pernambuco, com apresentação de slideshow com resultados das pesquisas, mesa redonda com participação de convidados e roda de conversa.
Participem, divulguem! Aguardamos sua presença!
quarta-feira, 8 de junho de 2011
RECIFE - Próximo encontro: 11/06/2011
O nosso próximo encontro será na LIVRARIA CULTURA, no dia 11/06/2011 das 12:30hs às 15h.
O tema de nosso encontro será: "Atenção ao Parto no Brasil", com a exibição do filme "Nascendo no Brasil".
Estamos esperando por você!
Não percam!
*Relembrando*
Quando: 11 de junho de 2011 - sábado de 12:30h às 15h
Tema: Assistência ao Parto no Brasil
Onde: Livraria Cultura - Paço Alfândega, Bairro do Recife
Cidade: Recife - PE
Confirme sua participação através dos telefones: 88424300, 99648212 ou 92694187, ou pelo e-mail espacoishtar@gmail.com
Mamaço Recife
sábado, 14 de maio de 2011
CURSO DE CAPACITAÇÃO DE DOULAS - RECIFE
- Objetivo do curso: capacitar mulheres de diversas áreas/profissões para atuarem como doulas (acompanhantes de parto) em partos hospitalares e domiciliares.
- Público alvo: mulheres de qualquer formação profissional que desejam ajudar outras mulheres no trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
- Período de realização: 09 a 12 de julho de 2011
- Carga horária total: 37 horas (haverá uma atividade prática numa maternidade local com 5 horas de duração)
- Local: Granja Jaguaroca, Aldeia, Camaragibe/PE
- Equipe:
Melania Amorim (obstetra)
Leila Katz (obstetra)
Dan Gayoso (doula)
Ana Katz Schuler (doula)
Kelly Brasil (doula)
Fabiana Melo (fisioterapeuta)
Marcelle Mello (enfermeira obstetra)
-Valor: R$ 600,00 (pode ser parcelado em até 3 vezes)
- Mais informações/inscrições: (81) 3454.2505 | 9973.8035 | 8825.1274 - dan@institutonomades.org.br | espacoishtar@gmail.com
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Próximo encontro: 14/05/2011
O nosso próximo encontro será no dia 14/05/2011 às 9hs.
O tema de nosso encontro será: intervenções no trabalho de parto e parto!preparando o corpo e a mente para o parto!
Estamos esperando por você!
Não percam!
*Relembrando*
Quando: 14 de maio de 2011 - sábado de 09h às 11h
Tema: Intervenções no trabalho de parto e parto.
Onde: Rua Setubal, 1548 - Boa Viagem - Vindo pela av. Visconde de Jequitinhonha, entrar no primeiro sinal à esquerda após o parque D. Lindu. Depois entrar na primeira rua à direita. Cidade: Recife - PE
Confirme sua participação através dos telefones: 88424300, 99648212 ou 92694187, ou pelo e-mail espacoishtar@gmail.com.
Ishtar news
Assista ao vídeo pelo link: http://maisvoce.globo.com/videos/v/ana-maria-braga-recebe-sua-filha-mariana-que-fala-sobre-parto-natural/1500520/
Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/diversaoetv
'No começo eu fiquei muito assustada', diz Ana Maria Braga sobre parto da filha
Rio - Ana Maria Braga recebeu a filha Mariana no "Mais Você" desta quarta-feira. A jovem falou sobre o parto de Joana, netinha da apresentadora, que foi feito em casa, com duas parteiras, além de uma doula acompanhante responsável pelo conforto físico e emocional da mãe no momento pré-parto.
Foto: Divulgação
A apresentadora disse que a novidade a deixou preocupada, mas depois ela percebeu que é uma ótima opção para o momento de dar à luz: “No começo eu fiquei muito assustada, e a Mariana sabe disso, mas hoje eu vejo a Joana aqui entre a gente feliz e saudável”.Além de conversar com Mariana, Ana Maria também entrevistou sua doula Marcelly Ribeiro e Priscila Colacciopo, uma das parteiras que ajudaram a trazer Joana ao mundo.Durante o programa, Mariana explicou a diferença entre a cesariana e um parto natural. “A cesariana é uma cirurgia, é importante ressaltar isso, ela é um parto, mas, antes de mais nada, é uma cirurgia”, enfatizou.“Muitas mulheres que passam pela experiência do parto natural se tornam divulgadoras e pró-ativas deste movimento”, destacou Mariana. Ela também falou dos momentos que antecederam o parto: “Eu comecei a sentir as contrações mais fortes às 10h da noite, e a Joana nasceu às 10h da manhã”, contou.
terça-feira, 10 de maio de 2011
A Marcha das Parteiras de Brasilia no Correio Braziliense
Parteiras reinvidicam maior reconhecimento na profissão
Em passeata pela Esplanada dos Ministérios, parteiras práticas e graduadas se reuniram, no dia mundial de sua categoria, a fim de reivindicar maior reconhecimento para a profissão no Brasil.
Luiz Calcagno
Janaína Moreno de Carvalho nasceu em casa. A mãe, Flávia Ilíada Oliveira, 30 anos, teve ajuda de uma parteira e de uma doula para dar à luz a filha. Tudo correu tranquilo, sem sustos no meio do caminho. A menina chegou saudável ao mundo e o pai foi o primeiro a pegá-la no colo. A história da mãe e da criança, no entanto, não é antiga, como se pode imaginar em uma época em que grande parte dos bebês nasce em quartos de hospitais. Ocorreu há apenas oito meses. Janaína também não nasceu em um lugar sem acesso a unidades e centros de saúde. Foi concebida na capital federal. Flávia é publicitária e faz parte de um grupo de mães que escolheram ter um parto normal, humanizado.
“Foi uma experiência transformadora e de respeito à mulher”, relatou. “Quando damos à luz em casa, com uma parteira, há um respeito ao tempo da mãe e da criança. Meu marido participou diretamente, então, os laços familiares ficaram fortalecidos. Ele pegou minha filha no colo quando ela nasceu. Antigamente, era assim que funcionava. A mulher se recolhia. Agora, são muitos médicos, muita luz. Em um hospital universitário, às vezes, vários estudantes de medicina assistem ao parto, quando ele deveria ser mais íntimo. Também é uma forma de resgatar uma tradição.”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que apenas 15% dos partos realizados sejam cesarianas. Embora o número de procedimentos humanizados feitos no Distrito Federal e no Brasil supere o das cirurgias, o país ainda está longe de alcançar a marca. Brasília, por exemplo, registrou, em 2010, um total de 40.543 partos em hospitais públicos. Desses, 25.238, pouco mais de 62%, ocorreram sem uso do bisturi. Nacionalmente, dos 1,96 milhão de partos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 1,24 milhão foram humanizados — aproximadamente 63% do total. Os números são da Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde, respectivamente.
Ontem, no Dia Mundial da Parteira, profissionais práticas (tradicionais) e graduadas fizeram uma passeata que seguiu do Ministério da Saúde para o Palácio do Planalto. A Marcha Regional das Parteiras, que reuniu profissionais do DF e do Entorno, durou cerca de duas horas e contou com representantes de São Paulo, do Amapá e de Tocantins. A categoria reivindicou maior reconhecimento do governo para os dois ramos da profissão. As graduadas pedem mais apoio governamental e as tradicionais querem ser reconhecidas como agentes de saúde. Na próxima semana, elas vão entregar uma carta com as reivindicações nos gabinetes dos deputados federais.
Para Paloma Terra, parteira graduada e organizadora da Marcha Regional das Parteiras, esses números estão abaixo das expectativas, principalmente pela “falta de atenção do governo com a categoria”. Ela alega que os quase 40% de cesarianas que ocorrem no DF e no Brasil ainda representam um número muito alto. “Na rede particular, a quantidade de procedimentos cirúrgicos de parto sobe para 80%. O Hospital Brasília, o melhor do DF, tem 90%. É urgente a integração das parteiras na atenção à saúde maternoinfantil no Brasil. Somos campeões mundiais de cesarianas. A cirurgia acarreta cinco vezes mais riscos para a mãe e para a criança”, alertou.
Humanização
Na visão de Paloma, o sistema está desumanizado. Ela alega que cerca de 17% das mulheres que dão à luz no setor privado e pelo menos 27% das que entram em trabalho de parto no setor público sofrem algum tipo de maus-tratos. “As mulheres saem do parto traumatizadas. Países como a Holanda e Escandinávia, com maior índice de saúde maternoinfantil do mundo, reconhecem essas profissionais. A parteira atende em caso de baixo risco”, exemplificou. Para a professora da Universidade de Brasília e parteira Silvéria Santos, a manifestação serve para dar visibilidade à categoria. “O sistema de saúde brasileiro omite a parteira tradicional. Não registram esses partos. Ela é uma mulher que atende a mãe e respeita a cultura, os valores eos hábitos da mulher”, afirmou.
Moradora de Santo Antônio do Descoberto (GO), Sebastiana Mendes, 84 anos, realiza partos desde 1960. Ela conta que nunca perdeu uma mãe ou filho durante um parto humanizado. “Me considero importante. Nos valorizar é o caminho certo. É uma profissão muito séria e o governo deveria nos respeitar e agir”, opinou. Embora não tenha filhos, a estudante Alaya Dullius, 26, identificou-se com a causa. “Acho que temos que melhorar o atendimento obstétrico no Brasil. Ele é violento e desrespeita as recomendações da OMS fazendo cesarianas desnecessárias. Se a gente melhora a forma de nascer, cria um mundo mais humano.”
Apoio psicológico
No parto normal ou humanizado, a doula é uma mulher que geralmente acompanha a parteira.
Ela ajuda em todos os procedimentos, mas tem o papel fundamental de prestar apoio físico e emocional à mãe, além de prestar informações sobre a gravidez.
A presença da doula possibilita um parto mais seguro, mais rápido e menos doloroso.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Próximo encontro: 30/04/2011
O nosso próximo encontro será no dia 30/04/2011 às 9hs.
ATENÇÃO!
Neste sábado realizaremos o encontro no Espinheiro.
Veja abaixo o endereço e ponto de referência.
Estamos esperando por você!
Não percam!
Quando: 30 de abril de 2011 - sábado de 09h às 11h
Tema: Fisiologia do parto
Onde: Rua Barão de itamaracá, 160 Edf. Mário Schemberg - Espinheiro - O prédio fica na esquina da rua Barão de Itamaracá com a rua do Espinheiro, no lado oposto à doceria Tia Dondon.
Cidade: Recife - PE
Ishtar news
Esther Vilela: Partos de risco habitual serão feitos por enfermeiro-obstétrico
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por Conceição Lemes Desde que o lançamento da Rede Cegonha, em 28 de março, esta repórter tenta ouvir o Ministério da Saúde (MS). Depois de acomodações de agenda, conseguimos entrevistar a doutora Esther Vilela, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Mulher do MS. Formada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Esther Vilela é especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Durante 18 anos atuou como médica clínica em serviço público. No decorrer de outros16 anos, foi gestora do Hospital São Pio X (antigo Hospital de Goiânia), no município de Ceres, Goiás. Aí, implantou um modelo de atenção humanizada ao parto e nascimento que se tornou referência para o MS. É professora voluntária da disciplina Saúde Coletiva na Universidade de Brasília (UNB). Trabalha junto às equipes de Programa Saúde da Família (PSF) com alunos do último ano de Medicina e Enfermagem. Foi consultora do Ministério da Saúde na Política Nacional de Humanização, coordenando a sua implementação na região Centro-Oeste do Brasil. Viomundo – A Rede Feminista de Saúde considera a Rede Cegonha um retrocesso nas políticas de atenção integral à saúde da mulher, de direitos reprodutivos e sexuais. Eu gostaria explicasse o que é exatamente a Rede Cegonha.
Esther Vilela — Eu acho um equívoco comparar a Rede Cegonha com a Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher. A Rede Cegonha não é uma política, é uma estratégia construída nesta gestão para enfrentar a grave situação que as mulheres vivem hoje no momento da gravidez-parto-puerpério. Em que pese todo o esforço dos pactos que foram feitos, tudo o que foi construído desde o PAISM [Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher], nós persistimos com taxas inaceitáveis de mortalidade materna [durante a gravidez ou até 42 dias após o parto] e neonatal. No Brasil, temos 69 óbitos de mulheres por 100 mil nascidos vivos. Além das mulheres que morrem, há aquelas que ficam com seqüelas que repercutem no restante da vida delas. Considero uma violação dos direitos humanos das mulheres, que é uma violação dos direitos sexuais e reprodutivos, porque o parto é uma experiência da sexualidade. Para enfrentar esse desafio, estamos propondo uma série de ações de várias áreas do ministério. Por exemplo, a forma de pactuação entre os entes federados, a questão da contratualização… Viomundo — Por favor, traduza. Esther Vilela — O que a gente vem de certa forma inovando é como vamos nos relacionar com estados, municípios, serviços, colocando um componente que chamamos de apoio. Apoio é o fazer junto, fazer com, para que haja um comprometimento com a mudança das práticas. O que a gente quer é que se faça diferente nos serviços. A Rede Cegonha não é fazer mais do mesmo que estamos fazendo, mas fazer diferente para garantir algumas coisas. A primeira delas é um pré-natal de qualidade. A maioria das mulheres faz o pré-natal hoje. Aumentou muito o acesso, estão fazendo, no mínimo, quatro consultas. Apesar disso, persiste com uma baixa qualidade em relação àquilo que a saúde da mulher sempre perseguiu. É olhar a mulher de forma integral, um local onde possa trocar experiências, ser protagonista do pré-natal. Então, a gente está propondo uma qualificação do pré-natal para que as mulheres tenham espaço, para se colocar dentro das necessidades que vivenciam nesse momento. E também garantir os exames. Muitas vezes a mulher faz os exames, outras vezes, não faz. Às vezes quando faz, os resultados saem depois de o bebê nascer. A lei nº 11.634, de 27 de dezembro de 2007, garante que toda gestante tem o direito de saber em que maternidade do Sistema Único de Saúde (SUS) vai dar a luz. Só que essa lei não é cumprida. As mulheres peregrinam em busca de vaga para internação no momento do parto ou quando têm algum problema. Queremos garantir a vinculação da mulher desde o pré-natal. Não uma vinculação burocrática, mas uma vinculação onde é desejável que ela visite antes de dar a luz, para que estabeleça relação de confiança. A outra coisa é a questão do transporte. Muitas vezes a mulher tem dificuldade de chegar com alguma facilidade ao local onde vai dar a luz. Mora longe, em lugares onde é difícil até pegar um ônibus. Então, estamos discutindo a possibilidade de viabilizar esse acesso à maternidade. Depois, não adianta chegar à maternidade e ficar esperando na porta para ser atendida. Às vezes a gestante que espera mais pode ser a mais urgente, a que vai convulsionar na sala de espera. Se ela fosse atendida antes, poderia ter a sua vida salva e a do bebê. Então, estamos trabalhando com o conceito de acolhimento com classificação de risco. Assim que chegam ao estabelecimento de saúde, as mulheres vão ter imediatamente o seu risco avaliado. Estamos trabalhando também com o conceito de vaga sempre. No momento de dar a luz, de uma hemorragia, não se pode falar “aqui, não temos vaga, vá procurar outro serviço”. Assim, estamos fazendo uma pactuação para que essa vaga seja garantida em todo estabelecimento de saúde. Só que também não adianta a mulher entrar no local onde vai acontecer o parto. Temos de pensar em como essa atenção vai acontecer. Hoje já está provado que o modelo de atenção ao parto-nascimento é um modelo ruim, que causa problema para as mulheres. Viomundo – Por que o modelo de atenção ao parto-nascimento é ruim? Esther Vilela – A gente chama isso de boas práticas de atenção ao parto-nascimento. Já está provado que a mulher precisa de apoio de um acompanhante durante o parto. É a maior tecnologia durante o parto. Uma mulher sozinha, sem esse apoio familiar, afetivo, tem mais dificuldade de levar o processo de parto de forma saudável, com a sua competência própria. Existe uma lei, a 11.108, de 7 de abril de 2005, que assegura às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Só que essa lei também não é cumprida na maioria de hospitais, estabelecimentos de saúde, que atendem parto. Queremos uma pactuação com todos os serviços para que a mulher tenha acompanhante durante todo o tempo. Isso aumenta o protagonismo dela. Já está comprovado também que muitas práticas são ruins, embora ainda adotadas em maternidades. Por exemplo, internar a mulher sem acompanhante num espaço coletivo com outras mulheres em trabalho de parto. Coloca-se um soro nela, deixa-a deitada, em jejum, às vezes sem poder caminhar, sem poder se expressar livremente. Essa mulher é atendida por vários profissionais que às vezes não conhece o nome, fazem o exame de toque de forma equivocada ou fazem exames desnecessários. São práticas que prejudicam a evolução natural do parto, muitas vezes gerando intervenções que podem acabar em grandes desastres. Outra coisa é o ambiente do parto. Está provado que nesse momento a mulher precisa de privacidade, de um ambiente com dignidade à altura do grande trabalho que ela está desenvolvendo. O direito à privacidade, que é um princípio ético, está inserido nas boas práticas de atenção ao parto e nascimento. Para isso ser garantido, nós estamos investindo na reforma das maternidades. Assim como estamos abrindo outros espaços para as mulheres em trabalho de parto com risco habitual, ou seja, cujo parto não é de alto risco. Essas mulheres não precisam estar dentro de uma grande maternidade. Elas podem ter os seus bebês no que a gente chama de centros de parto normal, que ficarão ao lado ou mesmo dentro de grandes maternidades. Nesses centros de parto normal, os cuidados da gestante serão capitaneados por uma equipe coordenada pela enfermagem obstétrica. Viomundo — Os de risco habitual não serão feitos por médicos? Esther Vilela — Exatamente. Nós estamos incentivando que na cena do parto entre esse ator que é o enfermeiro obstétrico, que tem toda a capacitação para atender o parto de risco habitual com uma qualidade muito grande. Agora, quando esse enfermeiro-obstétrico está com alguma dúvida ou precisa de apoio devido a algum imprevisto, o médico-obstetra de plantão é chamado. O enfermeiro-obstétrico e o médico trabalham em equipe, mas o corpo a corpo, a assistência toda do parto fisiológico, ou seja, do parto de risco habitual, é feito pela enfermagem obstétrica. O Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte, que é um centro colaborador do MS para implementação desse modelo, tem um centro de parto normal ao lado da maternidade. A presença do enfermeiro obstétrico e desse outro espaço de atendimento ao parto de risco habitual é para a mulher se sentir mais emponderada, mais capaz de resignificar esse momento hoje traduzido por dor, sofrimento, mutilação e desrespeito. Hoje é preconizado que se use um gráfico – chama-se partograma –, para saber se o parto está evoluindo bem ou não. Todos os centros de parto normal existentes hoje no Brasil têm resultados muito bons, pois eles são monitorados, os partos são muito bem acompanhados. Viomundo – Que outras práticas ruins ainda são adotadas? Esther Vilela – Tem aquele pique que se dá no períneo [área muscular entre a vagina e o ânus], lá na saída do bebê. Estou falando da episiotomia. No Brasil, é uma prática ainda muita difundida e realizada. Não é benéfica para as mulheres. É para ser feita apenas em algumas situações. A posição deitada não é a melhor posição para a mulher ganhar neném. É uma posição que prejudica a saúde dela e principalmente a do bebê. Muitas crianças morrem por asfixia, que é falta de oxigênio. Essa asfixia no momento do parto é diretamente relacionada à posição da gestante. Viomundo – E qual a posição adequada? Esther Vilela — Mais verticalizada. Você vê que a mulher fica o tempo inteiro levantando pra ver se ajuda? A posição deitada é a pior. Porém, 90% das nossas maternidades a adotam. Também é muito comum nas maternidades brasileiras mandar a mulher calar a boca enquanto está em trabalho de parto com a alegação de que “quando fez o bebê gostou, agora tem de agüentar”. Isso é uma violência sexual, de gênero, que a gente não pode suportar mais. Com a Rede Cegonha, nós estamos querendo dar um basta a essas práticas que são produtoras de morte, sofrimento, não são produtoras de vida. Nós temos a obrigação de enfrentar isso com novas tecnologias, porque não demos conta ainda. Já fizemos muito. Mas agora precisamos estar lá nos espaços, nos serviços, mudando essas práticas. A gente está propondo a garantia de acesso ao planejamento reprodutivo com ampliação dos métodos para que ela tenha uma escolha, ampliação da vasectomia, que hoje ainda é pouco feita. Depois, garantir o acompanhamento dessa criança. Aliás, no Brasil hoje nós temos um paradoxo. De um lado, o setor público com esse cenário de parto. Do outro, o serviço privado, onde 90% dos partos são cesáreas, que é outra violência contra a mulher. A cesárea desnecessária é mais arriscada para a mulher e o bebê. Esse exagero de cesáreas está produzindo o que se chama de epidemia oculta de bebês prematuros, que estão sendo tirados antes da hora. Viomundo – A senhora citou duas leis importantes que não estão sendo cumpridas. Citou o desrespeito de profissionais de saúde. Falou sobre as más práticas na atenção ao parto. Será que se as leis citadas fossem cumpridas, as equipes de saúde se comportassem de forma digna e competente – afinal, assistência de qualidade pressupõe essas condições –, não resolveríamos a questão da alta mortalidade materna, que é o grande desafio da Rede Cegonha? Esther Vilela – Em parte. Claro que tem uma questão que diz respeito aos processos de trabalho locais, ao modo como o trabalho é realizado. Agora tem um componente na questão parto-nascimento que é o modelo de atenção. Nós estamos falando também aí de mudança de paradigmas. Até hoje qual é o modelo hegemônico adotado no Brasil? O parto como um ato médico. É o médico que realiza e a mulher, de certa forma, é passiva nesse momento. Isso está até aculturado. As mulheres dizem “eu não vou dar conta disso”. Isso já entrou na nossa cultura, como foi um tempo atrás a questão do aleitamento. Na época da minha mãe se dizia que o “leite é fraco”, “eu quero leite em pó”, que estava surgindo naquele momento. Isso causou uma fragilidade na filosofia que se traduziu na fisiologia. O corpo não funcionava mesmo, o leite não pojava como as mulheres dizem… Hoje a nossa cultura é a de medicalização do corpo feminino. Então, “as mulheres não dão conta”, “nós temos de fazer por elas”. Nas maternidades, de certa forma existe essa coisa da objetivação do corpo feminino como máquina. E uma máquina defeituosa. Ela vai para o hospital, porque ali tem recursos para funcionar a máquina dela que não funciona. Viomundo – Mas, doutora, nós estamos assistindo à medicalização excessiva de toda a saúde, de homens e mulheres, em todas as faixas etárias: crianças, adolescentes, adultos, idosos. Logo, não é exclusividade da grávida. A senhora fala dos equívocos no atendimento médico das mulheres no parto. Aí, de novo, são equívocos decorrentes da má formação médica e nós, mulheres, não somos as únicas vítimas. A senhora fala do desrespeito com que a gestante é tratada, aí, de novo, quem conhece a rede pública de saúde – eu conheço bem a cidade de São Paulo – sabe que a falta de atendimento digno permeia toda ela. Experimente ficar na salas de espera de alguns ambulatórios de hospitais-escola de São Paulo para ouvir a grossura, a rispidez, o descaso com que certos atendentes, enfermeiros, médicos tratam pacientes… Esther Vilela – Você está falando de uma coisa, eu estou falando de outra. Vamos tirar essa parte em relação ao embrutecimento, ao anestesiamento em relação ao sofrimento alheio. Se eu te falar agora que o apoio durante o parto é a maior tecnologia para salvar…
Viomundo – Eu sei, a senhora já falou… Ester Vilela --… que a posição da gestante durante o parto vai salvar uma criança ou evitar que ela fique com problemas depois…que todos os hospitais públicos estão usando uma tecnologia [mulher deitada na hora do parto] que não é eficaz… Nós temos de corrigir isso. Viomundo – A Rede Cegonha é para pacientes SUS. A senhora disse que médicos estão fazendo besteira no atendimento do parto. Como ficam as parturientes dos planos de saúde, já que elas estão sujeitas aos mesmos equívocos, já que a formação médica é a mesma? Esther Vilela – Eu não falei que os médicos estão fazendo besteira… Eu disse que o nosso modelo de atenção ao parto-nascimento é inadequado. Viomundo – A senhora disse que se faz episiotomia demais no Brasil, e que isso é errado. A senhora disse que em 90% das maternidades brasileiras a mulher fica na posição deitada na hora do parto, e que isso é errado. Quem faz isso é médico, doutora!!! Logo, há um problema de formação inadequada, que atinge tanto os profissionais que atendem SUS quanto os de planos de saúde… Esther Vilela – É um modelo inadequado desde a concepção da maternidade. É um modelo que muitas vezes a mulher chega na portaria, a sala de parto é lá no quarto, quinto, sexto andar… Viomundo – Tem ideia de como as mulheres vão reagir à ideia de serem cuidadas na hora do parto por um enfermeiro-obstétrico em vez de um médico? Esther Vilela — A nossa experiência com centros de parto normal existentes no Brasil é muito positiva, no sentido de que a satisfação com o cuidado é muito grande. Viomundo — E a mulher não quiser ser cuidada pelo enfermeiro-obstétrico? Esther Vilella — Ela pode procurar outro lugar. Quando a gente fala de vinculação, não é uma vinculação obrigatória, é uma vinculação onde a mulher sabe que ali é maternidade. Ela não tem obrigatoriedade de estar nesse modelo de assistência. Viomundo – Como pretende fomentar a Rede Cegonha? Esther Vilela – No ano passado, nós tivemos uma experiência com o plano de qualificação das maternidades da Amazônia Legal e do Nordeste, que nos deu pistas de como tecer e fomentar essa rede, de modo que a população se aproprie dela. A maioria das mulheres não sabe que existe uma lei que garante acompanhante. Para implementar isso, teremos de ampliar o debate com a sociedade civil, com os diretores de hospitais, com os conselhos de classe. Na Rede Cegonha, está previsto um espaço técnico-político para debate. Isso é uma inovação. A gente pode falar “cumpra-se!” Tudo bem. E se não cumprir? Qual o nível de responsabilização de todos os atores envolvidos? Esse espaço do fórum é potente para a mudança de práticas. Vai permitir que a gente olhe essa rede e veja onde está a defasagem. Quando a gente fala rede é porque tem aí uma engenharia, para que a gente possa construir. Para fomentar essa rede, você tem de apoiar os territórios, para que eles se vejam na responsabilização que eles têm. Uma responsabilização que inclui o outro e não de briga com o outro. Uma responsabilização solidária, cooperativa, em que todos os setores envolvidos conversam um com o outro. Isso é muito importante. Viomundo – Por que não incrementar o que já dando certo, consertar ou descartar o que dando errado, pensando na saúde como um todo?
Esther Vilela — A morte materna é dramática, porque na grande maioria das vezes é evitável pelas ações dos serviços de saúde. O nosso patamar é inaceitável. Se a gente pensar que a grande maioria das mulheres brasileiras vai querer um dia engravidar e ter os seus bebês, nós estamos implementando estratégias para melhorar a atenção ao parto. Muitas mulheres já sofreram durante o parto, perderam irmãs, filhas… Então para defender os direitos humanos, sexuais e reprodutivos das mulheres nós estamos lançando essa estratégia. A Rede Cegonha não é uma política. É uma engenharia que estamos fazendo para enfrentar essa situação dramática hoje no Brasil que é a mortalidade materna. A gente não pode esconder isso e dizer que está tudo bem. Viomundo — Logo no começo a senhora disse que considerava um equívoco a crítica da Rede Feminista de Saúde. Em que medida? Esther Vilela — O equívoco é pensar que a Rede Cegonha vai resumir toda a política nacional de atenção à saúde integral da mulher. O equívoco é achar que a Rede Cegonha é a política nacional de atenção à saúde integral da mulher do Ministério da Saúde. O equívoco é achar que o dinheiro agora só vai para quem está grávida. A Rede Cegonha é uma proposta em construção. Nós sabemos que a sociedade civil, os movimentos feministas têm papel importantíssimo no avanço das políticas de saúde. Nós estamos abertos a sugestões. Na verdade, todas nós queremos a mesma coisa: melhorar a saúde da mulher |
terça-feira, 12 de abril de 2011
[Brasília] Marcha das Parteiras – Uma luta pela Humanização do Parto
Além disso, os casos de violência contra parturientes são uma triste realidade. Um estudo denominado “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, aponta que 27% das mulheres que deram a luz na rede pública e 17% daquelas que pariram em rede privada relataram alguma forma de violência durante seu parto.
O Brasil possui uma forte rede de pessoas que lutam pela Humanização do Parto e do Nascimento. Esse movimento busca a integração das Parteiras Diplomadas (Obstetrizes) e das Parteiras Tradicionais no sistema de saúde. Vale salientar que o trabalho das parteiras tende a minimizar as intervenções desnecessárias durante o parto.
Os desafios são grandes. Atualmente, o único curso de graduação que forma Obstetrizes no país, na EACH-USP Leste em São Paulo, corre sérios riscos de extinção. Existem projetos - apoiados inclusive pelo Ministério da Saúde - que prevêem a integração das Parteiras Tradicionais no Sistema Único de Saúde. No entanto ainda é forte a resistência por parte de algumas corporações profissionais, como Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).
Para o dia 05 de maio, dia internacional das Parteiras, estão previstas manifestações em várias partes do mundo inclusive outras cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Florianópolis, lideradas pela International Confederation of Midwives (ICM), Confederação Internacional das Parteiras.
A Marcha das Parteiras em Brasília tem como objetivo chamar a atenção de autoridades públicas e sociedade para a integração efetiva da profissional Parteira (tradicional e diplomada) na assistência básica à saúde materno infantil contribuindo assim para a redução: da mortalidade materna e neonatal, da violência obstétrica e das vergonhosas taxas de cesarianas brasileiras. A concentração será a partir das 9 horas em frente ao Ministério da Saúde, seguindo para a Praça dos Três Poderes.
O QUE: Marcha das Parteiras
QUANDO: 05 de maio de 2011
ONDE: em frente ao Ministério da Saúde até a Praça dos Três Poderes
HORÁRIO: concentração às 9hs, saída prevista para às 10hs.
ASSESSORIA DE IMPRENSA:
Marieta Cazarré (61) 8160-5225 marietacazarre@hotmail.com
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Próximo encontro: 09 de abril de 2011
O nosso próximo encontro será no dia 09/04/2011 às 9hs.
Para abordar o tema contaremos com Analu, coordenadora do Ishtar Recife, que é Educadora Física com especialização em Pilates para Gestantes e Com Drica, do Espaço Crê Sê em Aldeia, que realiza aula de danças para gestantes.
Estamos esperando por você!
Não percam!
Quando: 09 de abril de 2011 - sábado de 09h às 11h
Tema: Preparando corpo e mente para o parto.
Onde: Rua Setubal, 1548 - Boa Viagem - Vindo pela av. Visconde de Jequitinhonha, entrar no primeiro sinal à esquerda após o parque D. Lindu. Depois entrar na primeira rua à direita.
Cidade: Recife - PE
Ishtar news
Fonte: http://www.otempo.com.br/
Não à banalização da cesárea
O que se pretende é respeitar o ritmo natural e o nascimento
Publicado no Jornal OTEMPO em 06/04/2011
ANA ELIZABETH DINIZ
Especial para O TEMPO
Caseiro. Geozeli Camargos optou não apenas pelo parto normal, mas deu a luz a Téo na companhia da família em um procedimento domiciliar assistido por enfermeiras obstetras
Elas estão operando uma verdadeira revolução silenciosa e resgatando sensações, sentimentos e nuances quase esquecidos em um mundo em que a tecnologia e as relações impessoais estão prevalecendo.
No Brasil, são mais de 200 mulheres voluntárias espalhadas em 21 Estados mais o Distrito Federal, trabalhando diariamente pela internet desde 2006. Uma malha virtual (website, blog e lista de discussão) que vai atraindo adeptas pela melhoria das condições de atendimento ao parto no país.
Estamos falando da rede Parto do Princípio - Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa. Na verdade, uma lista de discussão em que as participantes se comunicam, articulam demandas e se dividem em múltiplas ações planejadas que buscam dar visibilidade a um trabalho de delicadeza com a maternidade.
Segundo Pollyana do Amaral Ferreira, membro da rede, o propósito é o resgate do parto humanizado, ativo, do protagonismo da mulher nesse processo e lutar contra a banalização da cesárea.
"Entendemos o parto como evento sexual, feminino, cultural e fisiológico, e a mulher, como sujeito ativo e central desse processo. A mulher deve ser informada antes e durante o nascimento do filho dos prós e contras de cada escolha e decidir, juntamente com a equipe de assistência, por uma experiência feliz, saudável e segura para ela e seu bebê que chega ao mundo trazendo emoções repletas de significado".
Para a jornalista Daniela Buono, a ciência está reconhecendo que, embora os avanços tecnológicos e a institucionalização do parto tenham proporcionado maior controle dos riscos materno-fetais, houve incorporação de muitas intervenções desnecessárias. "É preciso re-significar o nascimento e mudar a cultura do parto porque há muita violência imposta à gestante. É preciso respeitar o ritmo natural e o simbolismo transformador do nascimento".
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o alívio da dor do trabalho de parto deve ser feito por meios não invasivos e não farmacológicos, como massagens e técnicas de relaxamento.
Mas não é o que vem acontecendo. "Mesmo quando se faz um parto normal são utilizados procedimentos de rotina e interferências obstétricas desnecessárias. Elas inibem o desencadeamento natural dos mecanismos fisiológicos de parto e ele passa a ser sinônimo de patologia e de intervenção médica", comenta a jornalista.
Por isso, muitas mulheres acabam acreditando que a cesárea é a melhor forma de dar à luz. "Elas veem nela a possibilidade de um parto sem medo e sem dor, mas a cesárea é uma cirurgia de grande porte que deveria ser utilizada apenas em caso de emergência, para salvar a vida da mãe ou do bebê. A possibilidade de um parto normal deixou de ser prática, mesmo quando essa é a expectativa da mulher", pontua Daniela.
Atitude
Revolução particular feminina
Renata Penna, atriz, escritora e tradutora, explica que a rede Parto do Princípio reúne mulheres que encaram a gestação, o parto e a amamentação como processos naturais, fisiológicos, instintivos, carregados de significado e beleza, e nos quais a mulher pode e deve assumir seu papel de protagonista.
A proposta da rede é oferecer apoio não apenas emocional, mas também prático para que as grávidas possam descobrir a infinidade de possibilidades que a maternidade ativa oferece àquelas que desejam tomar em suas mãos as rédeas de sua vida.
"É preciso, antes de tudo, que cada mulher encontre dentro de si a força e a possibilidade da mudança. E é este que pensamos ser nosso papel: estender a mão a cada mulher que deseje vivenciar sua gravidez ativa e conscientemente e parir de forma natural e transformadora", explica Renata.
Ela ressalta que os ideais e valores que movem a entidade não se baseiam apenas em verdades ou crenças pessoais, mas em evidências científicas, parâmetros médicos e diretrizes determinadas por organismos de credibilidade mundial como a OMS.
Além disso, a essência do trabalho da rede é afetiva. "Deixamos que falem mais alto nossos corações de mulher, gestante e mãe. A nossa bandeira é uma nova forma de gestar, parir e maternar. Partimos do princípio de que toda mulher pode e tem em si a força para fazer sua revolução particular por uma nova forma de nascer e por uma nova maternidade", defende Renata. (AED)
terça-feira, 29 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Próximo encontro: 26 de março de 2011
O nosso próximo encontro será no dia 26/03/2011 às 9hs.
Estamos esperando por você!
Não percam!
Quando: 26 de março de 2011 - sábado de 09h às 11h
Tema: Nascrndo no Brasil.
Onde: Rua Setubal, 1548 - Boa Viagem - Vindo pela av. Visconde de Jequitinhonha, entrar no primeiro sinal à esquerda após o parque D. Lindu. Depois entrar na primeira rua à direita.
Cidade: Recife - PE
AVISOS!
* Agora o Ishtar conta com um grupo de discussão na internet onde podemos trocar mensagens entre as participantes dos Ishtar pelo Brasil. Você recebeu o convite? Não? Então entre em contato e enviaremos! Caso já tenha recebido, está esperando o que para entrar e se apresentar?! Estamos sentindo sua falta! http://groups.google.com.br/
* caso não queira mais receber estes e-mails, escreva para espacoishtar@gmail.com
Ishtar news
Obstetrícia da USP protesta contra fechamento do curso
Com barrigas de bexiga e bebês de verdade nascidos com auxílio de obstetrizes, alunos e professores tentam sensibilizar reitoria
22/03/2011 15:42
Um grupo de cerca de 150 pessoas protestou contra o fim do curso de obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP) em frente à reitoria da instituição com barrigas de bexiga, bonecos e bebês de verdade. Eles tentam evitar o fim da carreira com a fusão da única graduação que forma parteiras do Brasil.
Na semana passada, um relatório final de um grupo de trabalho chefiado pelo ex-reitor da instituição, Adolpho Melfi, propôs o fechamento de 330 das 1.020 vagas atuais da USP Leste. O curso de Obstetrícia seria o mais afetado com a passagem das 60 vagas atuais para a Escola de Enfermagem, em Pinheiros.
Bebê reage a batucada feita durante manifestação em favor do curso de Obstetrícia
De acordo com os autores do relatório, esta seria a solução por conta da falta de reconhecimento do profissional obstetriz pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) que deveria certificar os formados. Por enquanto, apenas ex-alunos que recorreram à justiça conseguiram uma liminar na regional de São Paulo.
“Viemos para a frente da reitoria porque parece que eles não tem clareza de que este relatório foi feito sem a nossa participação”, disse a professora Ruth Osava. O documento diz que todos as sugestões foram dadas com base em reuniões com representantes de todos os cursos, mas segundo a docente, foi perguntado a eles apenas se havia algum problema. “Quando dissemos que havia essa pendência com o Cofen, era no sentido de buscarmos solução, jamais de fechar o curso que foi criado por uma necessidade do sistema de saúde brasileiro”, afirma.
A função seria a de humanizar o parto. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o recomendável é que apenas os 15% de partos que apresentam riscos à mulher ou à criança, sejam cesarianas. No Brasil, no entanto, 45% dos nascimentos na rede pública e até 90% na particular são cesáreas. Para as obstetrizes, a falta da parteira envia muitas mulheres para a sala de cirurgia desnecessariamente.
“Se eles fecharem o curso, estarão cometendo um erro histórico para a saúde da mulher brasileira”, disse a aluna Flavia Estevan, uma das que participou de uma reunião com o diretor da USP Leste, Jorge Boueri, e outra com a pró-reitora de Graduação da USP, Telma Zorn, sobre o relatório. “As decisões estão mais adiantadas do que parece”, lamentou.
Obstetrícia pode não estar no vestibular
Segundo ela, a pró-reitora reforçou que o relatório não era definitivo e teria dito que ainda não o leu, porém, soube que o Cofen emitiu parecer contra a certificação das obstetrizes. “Ela disse que estuda não incluir o curso no vestibular como forma de sinalizar para o Cofen que cedeu. Para mim, isso se chama jogar a toalha”, afirmou Flavia.
Chorando durante boa parte do protesto sua xará, Flávia Chiamba, aluna do 5º ano disse que as lágrimas eram pelas mães que não teriam direito a um parto humanizado se o curso fosse fechado. “É por mim, pelo curso, mas por todas as mulheres.”
Também participaram alunos de outras áreas e profissionais como a enfermeira obstetra Adriana Caroci, que foi à manifestação com o filho Felipe, nascido em casa com a ajuda de uma obstetriz há 6 meses. Ela conta que sempre quis ser parteira, mas como não havia o curso de obstetrícia, optou por enfermagem e só depois se especializou. “Foi injusto comigo ter que ver muito conteúdo que não era o que sempre busquei para só depois fazer um ano do que queria trabalhar. Também é injusto com as gestantes porque na especialização acompanhamos partos por algumas semanas enquanto na graduação, as alunas têm três semestres de acompanhamento de parto. É uma preparação muito maior”, disse.
Mais protestos e abaixo assinado
A estudante de Gestão de Políticas Públicas e diretora do Diretório Central Estudantil, Mayara Ferreira disse que os protestos continuarão durante toda a semana. Na quarta, uma assembleia debaterá o tema na USP Leste e na quinta um grupo pretende ir a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, onde o reitor da USP, João Grandino Rodas, foi chamado a falar sobre outros questionamentos da universidade, como a recente demissão de funcionários.
“Vamos fazer isso com obstetrícia e com todos os cursos prejudicados”, disse. Deputados do PT receberam um grupo de alunos e já falam na criação de uma comissão só para tratar do assunto. Pela internet, um grupo mantém um abaixo-assinado online pela manutenção de obstetrícia que nesta terça-feira já contava mais de 5 mil assinaturas.
A diretoria da USP Leste informou que se reuniu com o Coren na segunda-feira e agendou para a próxima semana um encontro na sede da entidade com a presença de representantes de alunos, professores e o assessor técnico do conselho que também é pesidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, Francisco Cordão.
A professora Elizabete Franco Cruz, penúltima a falar, disse que é favorável ao diálogo com o Cofen, mas não permitirá o questionamento da competência das obstetrizes. “Se alguém tiver dúvida disso, eu venho aqui dar uma aula em público para provar.”
Ninguém da reitoria deu atenção à manifestação que também não gerou conflitos. O último recado: “Pessoal, agora vamos marchar, dêem uma olhada se não ficou nenhuma bexiga estourada no chão”.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Próximo encontro: 12/03/2011
Estamos esperando por você!
Não percam!
Quando: 12 de março de 2011 - sábado de 09h às 11h
Tema: Nascrndo no Brasil.
Onde: Rua Setubal, 1548 - Boa Viagem - Vindo pela av. Visconde de Jequitinhonha, entrar no primeiro sinal à esquerda após o parque D. Lindu. Depois entrar na primeira rua à direita.
Cidade: Recife - PE
Ishtar news
Fonte: http://www.pernambuco.com/
20/02/2011 | 14h37 |
Uma equipe de pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Enasp), ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai investigar os motivos que levam a mulher a optar pelo parto normal ou pela cesariana e avaliar que consequências a escolha pode trazer para a mãe e o recém-nascido.
Com base em 24 mil entrevistas que serão realizadas em hospitais públicos e privados em todos os estados, os pesquisadores procurarão saber quais fatores influenciam a escolha pelo parto normal ou pela cesariana.
O projeto está sendo conduzido em parceria com o Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), universidades estaduais e federais e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os resultados devem ser apresentados até o fim deste ano.
De acordo com a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Maria do Carmo Leal, que coordena o estudo, a alta incidência de cesarianas no país, principalmente em hospitais da rede privada, pode estar relacionada ao aumento do número de casos de bebês prematuros.
Segundo Maria do Carmo, quase metade (47%) dos 3 milhões de partos que ocorrem anualmente no país são feitos por cesariana. Nos hospitais públicos, as cesarianas representam 30% dos nascimentos e, nas unidades particulares, 80% do total. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual fique entre 15% e 20%.
A médica citou estudos que apontam relação entre o crescimento do número de cesarianas, cerca de 44% nos últimos 33 anos, e o aumento da prematuridade, que com alta de 130% em 22 anos. "Queremos entender por que isso vem ocorrendo e se esses fatos estão relacionados à forma de assistência ao parto. Afinal, a medicina é cada vez mais intervencionista em todas as áreas e também no nascimento”, afirmou Maria do Carmo.
Ela ressalta que a cesariana é importante quando há risco de complicações para a mãe ou necessidade de salvar a vida do bebê, mas diz que, na maioria dos casos, não é esse o motivo da intervenção médica.
Segundo a médica, embora haja padrões que indiquem que o bebê está pronto para nascer, nenhum exame é capaz de determinar seu total amadurecimento. “Só é possível saber isso quando a criança ′avisa`. Afinal, o processo de amadurecimento varia, e umas precisam de mais tempo do que outras. Por isso, para um bebê que iria nascer com 40 ou 41 semanas, nascer com 38 semanas é prematuridade.”
Tecnicamente, porém, os bebês não são considerados prematuros a partir da 37ª semana de gestação. Segundo Maria do Carmo, o indicador mais frequente de um nascimento antecipado é a imaturidade respiratória. Para a mãe, entre os problemas que podem ocorrer em função do parto cesariano, estão maiores possibilidades de infecção devido à cirurgia e mais dificuldade para amamentar o bebê.
Foram esses riscos que levaram a publicitária carioca Aline Barbosa a optar, logo no início da gestação, pelo parto normal. Ela disse à obstetra que fazia questão do parto normal e começou a fazer sessões de ioga para gestantes no terceiro mês de gravidez, para preparar o corpo para o nascimento do bebê.
“Tinha muito medo das possíveis complicações de uma cirurgia. Além disso, a recuperação no pós-parto é mais difícil em caso de cesariana", disse Aline. Segundo a publicitária, muitos médicos encontram nos exames feitos durante a gravidez diversos motivos para indicar a cesariana. Seu caso, porém, foi diferente. "Não tive problemas. Minha médica me orientou e fez de tudo para viabilizar o parto normal”, contou Aline, que deu à luz, em parto normal, Maria Clara. A menina nasceu com 48 centímetros e pesando 3,6 quilos.
“Muitas mulheres têm medo do parto normal porque não sabem o que está acontecendo com o corpo. Por isso, buscar informação faz diferença. Não ameniza a dor, mas garante maior tranquilidade”, acrescentou Aline.
Da Agência Brasil
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Próximo encontro: 26/02/2011
O nosso próximo encontro será no dia 26/02/2011 às 9hs.
O tema de nosso encontro será: Tipos de parto.
Estamos esperando por você!
Não percam!
*Relembrando*
Quando: 26 de fevereiro de 2011 - sábado de 09h às 11h
Tema: Tipos de parto.
Onde: Rua Setubal, 1548 - Boa Viagem - Vindo pela av. Visconde de Jequitinhonha, entrar no primeiro sinal à esquerda após o parque D. Lindu. Depois entrar na primeira rua à direita.Cidade: Recife - PE
Confirme sua participação através dos telefones: 88424300, 99648212 ou 92694187, ou pelo e-mail espacoishtar@gmail.com.
Ishtar news
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/noticias/uma-em-quatro-brasileiras-sofre-violencia-na-hora-do-parto-20110224.html - publicado em 24/02/2011 às 13h56
Uma em quatro brasileiras sofre violência na hora do parto
Estudo diz que mulheres são desrespeitadas em hospitais públicos e privados.
Xingamentos. Humilhações. Gritos. Exame de toque doloroso. Falta de tratamento para alívio da dor e de explicações sobre os procedimentos.
Na hora do parto, 1 a 4 quatro mulheres sofre algum tipo de violência ou mau-trato em hospitais públicos e privados brasileiros. Esses são os resultados do estudo “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, realizado em agosto de 2010 pela Fundação Perseu Abramo e pelo Sesc. A pesquisa reúne entrevistas com 2.365 mulheres e 1.181 homens de 25 Estados do país.Segundo o levantamento, 25% delas relataram ter sofrido algum tipo de violência, como: 10% passaram por exame de toque doloroso, 10% não receberam tratamento para alívio da dor, 9% não tiveram explicação sobre os procedimentos adotados, 9% ouviram gritos de profissionais ao serem atendidas, 8% não receberam atendimento e 7% ouviram xingamentos ou humilhações.Ainda de acordo com o estudo, 23% delas ouviram de algum profissional algo como: “não chora que ano que vem você está aqui de novo”; “na hora de fazer não chorou, não chamou a mamãe”; “se gritar eu paro e não vou te atender”; “se ficar gritando vai fazer mal pro neném, ele vai nascer surdo”.O estudo mostra que os casos de violência na hora do parto são mais frequentes no Nordeste (27%) e menos comum no Norte e Centro-Oeste (22%). Com relação aos municípios, os relatos são mais frequentes nas capitais (30%).E os hospitais públicos são os que mais desrespeitam as pacientes. Dentre as que sofreram algum tipo de violência, 27% relataram casos na rede pública, 17% na rede privada e 31% em ambas.Já entre as que ouviram frases desrespeitosas, 27% dizem que o caso ocorreu em uma unidade pública, 10% em particular e 14% em ambas.Entre as mulheres que tiveram filhos naturais (71% da amostra), a maioria fez o parto só na rede pública (68%), 16% na rede privada, 8% em ambas e 9% em casa ou outros locais.A idade média do primeiro filho foi de 21 anos e 3 meses para as mulheres e de 24 anos e 3 meses para homens. Entre elas, 6% tiveram o primeiro após os 30 anos. Entre eles, 12% tiveram o primeiro após os 30 anos.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Próximo encontro: 12/02/2011
O nosso próximo encontro será no dia 12/02/2011 às 9hs.
O tema de nosso encontro será: Plano de parto.
Estamos esperando por você!
Não percam
*Relembrando*
Quando: 12 de fevereiro de 2011 - sábado de 09h às 11h
Tema: Plano de parto.
Onde: Rua Setubal, 1548 - Boa Viagem - Vindo pela av. Visconde de Jequitinhonha, entrar no primeiro sinal à esquerda após o parque D. Lindu. Depois entrar na primeira rua à direita.
Cidade: Recife - PE
Confirme sua participação através dos telefones: 88424300, 99648212 ou 92694187, ou pelo e-mail espacoishtar@gmail.com.
Ishtar news
6/01/2011 |
Parto ativo traz benefícios ao bebê |
Mais do que um procedimento natural, maternidade humanizada garante rápida recuperação para a mãe no pós-parto |
Luiz Beltramin |
Amamentar, assistir as primeiras engatinhadas, dentes de leite, palavras... Ninguém melhor do que as mães para narrar, detalhadamente, as emoções de acompanhar o crescimento de um filho, degrau por degrau. Porém, existe uma etapa disso tudo que muitas vezes passa despercebida e esse estágio está no próprio parto. Deixado de lado por opção ou necessidade de 43% das gestantes brasileiras, o parto normal, alertam médicos e enfermeiros especializados, também é marco na relação entre mães e bebês. Os números, levantados pelo Ministério da Saúde, juntam-se aos índices da própria Organização Mundial da Saúde (OMS) com os poucos e alarmantes 15% de partos normais realizados no País, o que fazem do Brasil um dos campeões mundiais do bisturi na maternidade. Segundo esses órgãos, o chamado parto ativo, ou participativo – quando a mãe exerce função de protagonista, com o procedimento sem qualquer intervenção externa – reflete até mesmo no emocional da criança e, possivelmente, do adulto no futuro. Na contramão das estatísticas e em busca de uma forma mais humanizada de trazer as crianças ao mundo, hospitais adotam a filosofia do parto ativo, com a mãe como protagonista de fato. No caso, o parto é feito da maneira que a gestante quer em quase tudo, com equipe médica e de enfermagem como suporte. Em Bauru, o parto ativo é incentivado pelo corpo clínico do hospital Prontocor. Apesar do procedimento ser mais demorado e até mesmo mais trabalhoso do que uma cesariana, a iniciativa, na opinião de Luiz Carlos Mendes Júnior, diretor da instituição, merece cada vez mais apoio. “Contamos com uma equipe médica na área de obstetrícia que aceita bem a questão do parto humanizado. É um diferencial, até porque demanda mais paciência e tempo do profissional próximo ao paciente”, frisa. Para ele, a adesão de mães ao parto normal é consequência de um trabalho de conscientização que envolve toda a família. “Por isso desenvolvemos o curso para que os pais optem por conta própria, cientes dos benefícios, pelo parto humanizado”, complementa. Técnicas Após a decisão, fica por conta da mãe optar como será o parto: na água, em banheira com água morna ou de cócoras, em cama específica (a única de Bauru) disponibilizada pelo hospital, que caminha para receber o título de instituição Amiga da Criança, homologada pelo Unicef. Em alguns casos, diferencia a gerente de enfermagem do Prontocor, Ana Maria dos Santos Pinho, as duas técnicas são utilizadas, ou seja, a mãe permanece na banheira durante o período de dilatação e contrações e segue para a cama de parto no instante do nascimento. Independentemente à técnica empregada, esclarece Ana Maria, o grande diferencial é que a mulher, devidamente assistida pela equipe do hospital, protagonize e vivencie, de fato, o nascimento. “Tanto ela quanto a pessoa escolhida para acompanhá-la participam ativamente do parto que, humanizado, traz inúmeros benefícios em sentir o filho vir ao mundo”, incentiva. “A paciente é a protagonista. Somos os espectadores, ao lado para apoiar, incentivar, tirar os medos. Chega um momento, numa fase de dilatação do trabalho de parto, em que o temor é natural, pela dor que, obviamente, ninguém gosta”, admite a gerente de enfermagem. “Mas também existem técnicas de alívio não invasivas, entre elas massagens”, minimiza. Outro fator importante é o tempo de recuperação. “É muito mais rápido, com amamentação imediata”, destaca a médica Mariele Santos Storniolo de Campos, ginecologista obstetra do hospital Prontocor. Segundo ela, o ambiente humanizado – a mãe escolhe até mesmo a música, se preferir, que vai ouvir durante a espera pela dilatação – encoraja gestantes a abrirem mão do procedimento cirúrgico para trazerem os filhos ao mundo. Para os especialistas, criou-se uma cultura “industrial” sobre as cesarianas. “A mãe se encoraja, sente-se mais segura e capaz de tudo”, incentiva, ao ressalvar que, atualmente, há introdução de conceitos de humanização também nas cesarianas, quando necessárias. |